terça-feira, 6 de março de 2007

para quem reclama que só tem música ruim na tv.


Quem acompanha TV e ao mesmo tempo está antenado com as tendências da música, pode ter uma surpresa assistindo às séries, principalmente àquelas voltadas para o público adolescente ou adulto-jovem, como Greys’s Anatomy e Lost. Ao contrário da maioria dos produtos audiovisuais, que procuram compor sua trilha sonora com sucessos emplacados nas rádios, especialmente novelas, as séries apostam em artistas pouco conhecidos, mas que têm recebido críticas bastante positivas de revistas especializadas, além de atenção dos internautas.
Um dos exemplos mais expressivos dessa mudança é a criação de uma empresa especializada em produzir trilha sonora de seriados. A Chop Shop music é a responsável pela música de Grey's Anatomy, The OC, Without A Trace, Supernatural, dentre outros. A dona da idéia - Alexandra Patsavas, diz que gosta de música indie e que procura tocar as músicas das bandas que ela gosta. Assim, é possível ouvir gente hypada como: Regina Spektor, Beck, e Peter Bjorn e John enquanto a gente assiste a mocinha, mais uma vez, indecisa entre seus pretendentes.

Outros seriados, menos voltados para o público jovem, apostam no velho e bom rock’n roll e na música americana. House, por exemplo, tem na trilha Pink Floyd, Ryan Adams e Rolling Stones, com o clássico you can’t always get what you want. A Televisão faz uma ponte inédita com a música que ainda não é exatamente mainstream, entre o universo mais independente, propiciado pela internet e, um produto veiculado por uma grande emissora de TV, tanto porque as pessoas têm condição de ter um acesso mais amplo à uma revista especializada de música da Inglaterra, por exemplo, quanto porque a internet virou fonte de disseminação e debate de conteúdo. Ao contrário do que diz a canção, os fãs de música parecem conseguir o que eles querem vendo seriados e, até mesmo, descobrir coisas novas.

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